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Antonio Candido, Anotações Finais
Sobre o filme

"Um gesto fortuito deu origem ao documentário ANTONIO CANDIDO, ANOTAÇÕES FINAIS: no Natal de 2017, o primeiro sem Antonio Candido, entre dezenas de cadernos, peguei um ao acaso na estante do apartamento onde ele morava. Dois textos em especial, escritos em 1997, chamaram minha atenção: “Prós e contras” e “O pranto dos livros”. Em um, ele revê a luta contra Getúlio Vargas, da qual participou de 1942 a 1945, tendo se associado “à opinião

liberal... pois eram os aliados disponíveis.” No outro, imagina estar “fechado no caixão” à espera de ser cremado “enquanto seus livros choram lágrimas invisíveis de papel e de tinta... Será o pranto mudo dos livros pelo amigo pulverizado que os amou desde menino.” – do impacto dessa leitura resultou sete anos depois o filme que estreia agora."

- Eduardo Escorel

Sinopse

Além da essencial obra publicada, quando morreu aos 98 anos Antonio Candido deixou 74

cadernos inéditos. Baseado nos dois últimos, Antonio Candido, anotações finais inclui

comentários escritos entre 2015 e 2017. Temas recorrentes, entre vários outros, são os sinais de fragilidade física, notícias de jornal ou acompanhadas pela televisão – como a crise política da época –, preferências literárias, musicais e cinematográficas, evocações dos antepassados, menções à infância no sudoeste de Minas Gerais e lembranças de Gilda, sua mulher. O vasto acervo de fotografias do casal, além de imagens de arquivo e gravações originais, complementam o texto, dando acesso às reflexões de Antonio Candido frente à iminência do fim.

Diretor Eduardo Escorel

Eduardo Escorel é cineasta, tendo dirigido, entre outros, LIÇÃO DE AMOR (1975), prêmio de melhor diretor no Festival de Gramado, ATO DE VIOLÊNCIA (1980), CHICO ANTÔNIO - O HERÓI COM CARÁTER (1983), 35 - O ASSALTO AO PODER (2002), VOCAÇÃO AO PODER (2005) ,co-dirigido por José Joffily, DEIXA QUE EU FALO (2007), O TEMPO E O LUGAR (2008), J. (2008) e IMAGENS DO ESTADO NOVO 1937-1945 (2016). 

 

Montou, entre outros, TERRA EM TRANSE (1967), de Glauber Rocha, CABRA MARCADO PARA MORRER (1985), de Eduardo Coutinho, SANTIAGO (2007) e NO INTENSO AGORA (2017), ambos de João Moreira Salles.

 

Escreveu "Adivinhadores de água - pensando no cinema brasileiro", publicado pela Cosac Naify, em 2005. Coordena, desde 2005, curso de especialização em cinema documentário, na Fundação Getúlio Vargas. É colaborador da revista Piauí, e escreve uma coluna semanal pulbicada no site da revista.

 
 
 
 
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